quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Texto em Pê (Pedro Paulo Pereira Pinto Revisitado)

Vamos devolvendo para a web um megatexto, formado por mais de 1500 palavras, todas iniciadas pela letra pê. Há que ter fôlego para ler até o fim!
As palavras em azul faziam parte de um texto de domínio público, que já aparecia na web há algum tempo. Em cima deste texto,
por desafio e por brincadeira eu e uma amiga criamos o que eu chamo carinhosamente de nosso monstro.


Pedro Paulo Pereira Pinto Pontes - Pontes pelo pai, Pereira Pinto pela parentela. Pedro porque Pedro poria peso: pedra, pétreo, primeiro papa, patriarca, pontífice. Paulo por promessa prestada pelo pai para pastor protestante, partidário, professando profundo prestígio pelos préstimos prestados pelo pastor.

Pedro Paulo, pequerruchinho, prematuro, portava polegares particularmente pequenos. Pequenos, porém prestigiosos, privilegiados! Pela peculiaridade, preferido pelas pequenas, porque Pedro Paulo, pintor precoce, pintava-as perfeitamente, provocando pasmo, principalmente por pintar pastéis. Provocava paixões platônicas, pois!

Prosseguindo pelas particularidades, portanto, Pedro Paulo (pronuncia-se pedropaulo), primogênito, pintor por profissão, pianista por paixão, porém pianista prescindível (polegares pequenos prejudicavam performance perfeita), purista, prestimano, prestigiado pelo povo, por parentes próximos, português, piadista, permanentemente perfumadíssimo, pintava peças, pedestais, porcelanas, placas, portas, portões, pilastras, paredes, peitoris, portais, parapeitos. Preenchia partituras para piano por passatempo.

Praticava pinturas pacientemente, porém, pensando poder preparar-se para prosseguir pacatamente, pediu para parar porque preferiu pintar panfletos. Permaneceu por pequeno período preparando papéis para panfletos porque parecia pasmaceira, pouco performático, péssimo para propaganda pessoal para pintor profissional.

Partindo para Piracicaba, pintou prateleiras para poder progredir.

Pequeno prazo passado, praguejava por Piracicaba, pesaroso porque pintara prateleiras portentosas por pechinchas, progredindo pouco. Pacientemente perseverou. Posteriormente, partiu para Pirapora.

Por Pirapora, passeou pelado pelas praças públicas. Pouco presunçoso, pândego, pueril, pulava para pegar pêssegos pelos parques. Pulos, piruetas pelos parques, pelado pelas praças - parecia pateticamente peralta! Pintava pequenas peças para pagar pelos pernoites. Procrastinava pagamentos por períodos. Pensionista pacato podia pagar pintando, principalmente para pessoas pluriarticuladas.

Pensando positivamente, Pedro Paulo prosseguiu para Paranavaí, pois pretendia promover pecúlio próprio praticando pinturas para paróquias por preços prefixados. Porém, pessoas pobres pouco pecúlio possuem, portanto pouco podem pagar. Prenunciando prejuízo, praticou por pequeno período pinturas paroquiais. Porém, passado pouco prazo, padre Paulo, pagando pouco, pediu para Pedro Paulo pintar porcelanas, panelas, pérgulas, penteadeiras, pedras, peças por pedaços.

Posteriormente
, padre Paulo, presunçosamente passando-se por papa paroquial (pasmem!), pediu para Pedro Paulo pintar pratos, penduricalhos, presilhas, pesa-papéis, pentes, peões, palitinhos plásticos, porta-paquês, porta-paz para presentear peregrinos paranavaienses porquanto pudessem pagar promessas. Pôde, portanto, Pedro Paulo pagar pernoites parcamente, permutando pequenas pinturas pessoais para população paranavaiense. Pagou por partes, portanto, penalizou-se por prolongado período.
Padre Paulo, Paulo Pires Palhares, precisamente, "Piaçava" para pessoas próximas, primeiro presidente paroquial, presbítero, pudico, pernóstico, pagaria pena por perjúrio por processo principiado pela promotoria. Posteriormente, provar-se-ia psicopata por perseverar por pederastia, por participações piromaníacas, planos para pisotear piqueniques, porraloquices pilotando Pontiac preto patrocinado pelo próprio Papa.

Plínio Penteado, proeminente promotor, poliglota, puritano, polonês, paradoxalmente, percebendo principiar-se psicopatia postulou perdão público por penalizá-lo. Pessoas problemáticas precisam percorrer passo por passo processos primários para progredir paulatinamente − proferia promotor. Padre Paulo perdoou promotor Plínio Penteado, porém, petulantemente, promoveu processo por perdas. Pesaroso, Plínio Penteado permaneceu paralisado, perplexo, pasmado. Processou padre Paulo por pretensamente prometer panacéias para paroquianos paranavaienses. Por pura patifaria promovia proclamas para preconizar poções purgativas prometendo profilaxias poderosas para pneumonias, polineurites, parestesias, ptose palpebral, presbiopia, podagra, psoríase, Parkinsonismo, pé plano, paroníquia, pletora, piorréias, pseudociese, pústulas, pancreatite, panencefalite, poliomielite, palpitações, parasitoses, pielonefrite, pigarro, perebas, problemas psicológicos, puberdade precoce. Pior: prometia prolongar polegares pequenos... Padre Paulo pediu perdão, promotor perdoou. Pararam palavrões, processos, pararam pilantragens, pararam poções purgativas, proclamas. Padre Paulo, porém, permaneceu preso, psicótico. Preso, por pirraça, publicava poesias podres para periódicos punks, puxando palavrório pesado. Possuía pseudônimo: "Piaçava Paladino".

Pálido, puído, pobre, porém personalizado, perseverante, preferiu Pedro Paulo partir para pintar Portugal, país pequeno, pacífico, próximo, perfeito para pacientemente pedir permissão para pai Procópio para permanecer praticando pequenas pinturas. Providenciou passaporte. Porém, prudentemente preferiu passar primeiro por Paris pela projeção parisiense, pelo prestígio. Percebia pessoas patrícias portuguesas pedindo por premissa pousada para pernoitarem. Presságio preexcelso passou-lhe pelos pensamentos. Pródiga população portuguesa - pensou - pedem, por padarias, por pulperias, pães, puxa-puxas, pipocas, pudim, purê, pistaches, panquecas, pompons, petecas, parafina para prosseguirem promovendo prendas! Positivamente poliarticulados!

Partindo para Paris, Pedro Paulo passou primeiro pelos Pirineus, percurso pensado, pois pretendia pintá-los. Pareciam picos plácidos, porém, pesaroso, percebeu predominarem pelos panoramas penhascos polarizados, profusos, proibitivamente pedregosos, preferindo, portanto, pintá-los parcialmente, pois perigosas pedras pentagonais projetavam-se periclitantes. Pareciam precipitar-se principalmente pelo pico.

Pastores pitorescos, prestimosos, pacatamente pastoreavam pequenos potros peludos pelas pastagens. Pura poesia parnasiana pela pradaria! Porém, potros pantaneiros pernaltas, pesados pangarés palustres, possantes potrancas parelheiras, pôneis palominos, porcos pretos pintados passavam permanentemente perfilados por perto, pelas picadas. Provavelmente pelo permanente pesado pastoreio provocavam-se pequenas perfurações pelo perímetro, proporcionando precipitações, pois, pelo passo, pó purpuráceo propagado por pedregulhos pontiagudos precipitava-se permanentemente pelos paralelepípedos. P
ermaneceu pouco pelos Pirineus, pois precisava prosseguir para Paris. Passei pelo paraíso perdido! - ponderou, partindo.

Pisando Paris, prontamente pediu permissão para pintar palácios pomposos, procurando pontos pitorescos, panteões, passeios públicos, pessoas penteadas, pois, para pintar pobreza precisaria percorrer pontos perigosos, periféricos, prostituídos, penumbrosos, pestilentos, perniciosos, preferindo Pedro Paulo, precaver-se.

Passando por Paris, profunda privação passou Pedro Paulo. Pagou preço promocional, proporcional para palacete, por puxadinho precário, pardieiro pulguento pela periferia.
Pensava poder prosseguir pintando, porém, precisou penhorar pianola, paleta, pincéis. Pretas previsões passavam pelo pensamento, pior - provocando profundos pesares, pensamentos penuriosos, preocupações, percalços, principalmente por pretender partir prontamente para Portugal pela pindaíba. Povo português previdente! Plantam para proveito próprio pelas praças públicas pepinos, pêras, pomelos, pitangas, plátanos, palmeiras, pêssegos!!! Pensava Pedro Paulo... Preciso partir para Portugal porque pedem para prestigiarmos patrícios, pintando, preferentemente, principais primeiros pequenos portos portugueses. Percebia-se Pedro Paulo preocupado, psicologicamente perturbado. Pandarecos, para permanecer preciso. Pedro Paulo precisava progredir, produzir pinturas portentosas! Partiria para Portugal para poder pintar Paris. Paris! Paris! Polis perfeita! - proferiu Pedro Paulo. Parto para Portugal, porém penso pintá-la permanentemente, pois pretendo progredir. Produzirei poemas pelos pincéis!

Pegou paquete paquistanês por passagem pelo porto, prosseguindo para Portugal. Passeando pelo paquete, propôs pintar primorosa professora paquistanesa - puro pretexto para principiar paquera. Proeza pouco provável, porque por padrões próprios paquistaneses proibem-se prosas para propósitos pessoais. Pode permitir-se proximidade por propósitos puramente profissionais, provisórios, porém permanecendo parente próximo por perto por precaução. Prenome Prassanni, pisciana, pashmina perolada pendendo pelo pescoço, pestanas pretas proeminentes (parecendo postiças), pés pequenos. Passava perfumando patchuli pelo paquete. Presilha prateada prendia pashmina. Prudente, perspicaz, prendada, persuasiva, passional, possuía predicativos provocantes. Protagonizava peças publicitárias para produções paquistanesas. Prelecionava polimeria pura, pesquisava processos para polimerização. Peenchia plenamente protocolos para prosseguir pesquisas. Pretendia permanecer por Paris, porém, prometida para Paramahansa Prabhupada - publicitário paquistanês proeminente - precisaria partir para Paquistão, para Peshawar. Pedro Paulo, polemizando, propôs poliandria. Prasanni perturbou-se perceptivelmente pela proposta. Posou para pintura posicionando-se perpendicularmente. Pedro Paulo pintou-a perfilada. Principiou por pontilhados para, posteriormente, pincelar pintura primorosamente. Primorosa pintura, pujante! Perfeitos pigmentos pastéis! Proporcionaram-se pudico prazer, providencial proximidade pelo pequeno período.
Presenteou pintura para Prassanni. Permaneceu pelo passadiço para pintar paisagens.

Paramahansa Prabhupada passava por Paris preparando peças publicitárias para produtos paquistaneses, protagonizadas por Prassanni. Preocupou-se por percebê-la perturbada, procurando prontamente por policiais pelo paquete para pedir proteção, provisoriamente. Paramahansa, primeiro paquistanês publicitário, primitivo, primaz, prevenido, persuasivo, panteísta, político pandilheiro, patriota, parenético, paramilitar proselitista, pessoalmente parecia provocar pavor por prazer. Participava pelo Paquistão por partidos patrióticos parecendo pronto para provocar procelas pelo planeta - particularmente por Portugal! Paramahansa possuía prognatismo, precisando pronunciar palavras pausadamente. Para Paramahansa, pequenos problemas provocavam-lhe poderosas perturbações psicológicas. Pedro Paulo, pueril, precisava perceber potencial perigo por perto.

Pedro Paulo precisou pantógrafo para pintar paisagens. Praxedes possuía pantógrafo. Possuía pantógrafo, pés-de-pato, protetor para pele, pilhas palito. Praxedes Pereira, paraibano pantofóbico passeando por Paris, perdulário, pragmático, palpiteiro, papagueador. Por particular pavor provocado pela pantofobia, percebendo perigo pela proposição posta por Pedro Paulo - poderia parecer provocação para Paramahansa, potencial para possíveis problemas progressivos, pandemia provocada pelos preceitos paquistaneses! - pagou passagem para Pedro Paulo partir prontamente para Porto, província portuguesa, para prevenir provocações poligâmicas profanatórias pelo pacato paquete. Presenteou-lhe pantógrafo.

Pisando prontamente Portugal pelo porto, Pedro Paulo pacientemente procurou pelo pai, perguntando pelo povoado por Procópio Pereira Pontes. "Pai Procópio" para parentela. Personagem popular, perfil próprio, peculiar, pictórico. Policial pacato, pensionista, pescador, político por profissão, pescador por paixão, pizzaiolo, prostático, pugilista, pansexual, polêmico, perspicaz, perfeito picareta!

Pedro Paulo permanecia procurando. Prosseguia perseverante, porém, Pai Procópio partira permanentemente para Portalegre.

Pedindo provisões para pagar parceladamente (por prazo perdido), Pedro Paulo partiu prontamente. Poupava porque poderia precisar procurar por período prolongado pelo pai. Precisava prosseguir procurando. Preparou pneus, pastilhas, porcas, parafusos, poliu pedais. Partiu pedalando por pradarias paradisíacas, pavimentadas! Parecia pavimentação própria para patinação. Perguntava pelo pai para poucas pessoas pelas províncias portuguesas. Perdido pelas paradisíacas, porém poeirentas planícies portuguesas, Pedro Paulo, pressionado pelo prazo, preocupava-se, pois pretendia pedir permissão para pai Procópio para prosseguir praticando pinturas. Profundamente pálido, procurou perfazer percurso percorrido pelo pai. Pobre Pedro Paulo, pelo percurso passou por passeata pelo parlamentarismo! Por que pessoas performatizariam passeata, piquetes populares pelas paradisíacas pradarias provincianas portuguesas perdidas?

Percorreu por patamares perímetro plano, palpando próprio pulso paradoxalmente pausado. Pedalou, pedalou, pedalou, por pradarias, plantações, parreirais, planícies, províncias! Portugal parecia pequeno, porém, pedalando, Portugal parecia plataforma periplanetária!

Portalegre! Pérola portuguesa! – proferiu Pedro, pedindo permissão para porteiro patrício para penetrar, pianíssimo, pelo portão principal, passando pontual pelos polacos polichinelos, pelos pixainhos portugueses placidamente perfilados plantando petúnias, papoulas, prímulas, pimenteiras pelo pátio pré-primaveril. Parou por perceber piscina piriforme próxima. — Precisavam por preguiçosas pela periferia! - pensou, piscando.

Pacientemente permaneceu pelo pátio, posudo, perscrutando. Pedro Paulo percebeu pai Procópio penetrar pelo portão principal portando passamanaria policromática pelo pulôver preto petit-pois.
Parcimoniosamente principiou preleção perante prezado pai pedindo permissão para prosseguir pintando. Pai Procópio pegou portfólio preparado por Pedro Paulo. Primitivamente, passando por paroxismo, pai Procópio puxando-o pelo pescoço profere pesadamente, punitivamente: Pediste permissão para praticar pinturas Pedro Paulo, porém, praticando, pintas pior! Primo Pinduca pintou perfeitamente prima Petúnia, pormenorizadamente, pés, pernas, partes pudendas, peitos... Parte por parte, pedacinho por pedacinho. Porque paralisa-te pintando paredes, portas, porcarias??? Papai! — proferiu polidamente Pedro Paulo, paletó pendendo pendurado pelo pequenino polegar, perdendo pose - Perdoai-me! Pinto por portos portugueses porque permitiste, porém, preferindo, paro permanentemente. Poderei procurar por profissão própria, particularmente prestigiosa para poder provar perseverança, pois pretendo permanecer pela Páscoa por Portugal, por período pequeno, para posteriormente, prosseguindo pela península, passar primavera por Paris!

Pegando Pedro Paulo pelo pulso, pai Procópio penetrou pelo patamar. Parecia preocupado, pesaroso, profundamente perturbado. Parodiava Pedro Paulo: "Papai posso pintar?... Papá popintá? Papapá popopó popopó?..." provocando próprio pai Procópio paralalia pejorativa. Pedro Paulo percebeu pirraça, principiando-se pensamentos parricidas porquanto perdurava provocação. Procópio percebendo Pedro Paulo palpando próprios punhos, perspirando, parou, petrificado. Passou pensativo pela porta procurando paranóico pelos pertences, particularmente pelas pulseiras prateadas, presenteadas pelo pai - pioneiro Protógenes Passaquatro Pontes. Protógenes plantava pinheiros, perobeiras, plátanos, pau-brasil, pau-preto, pau-roxo, pau-santo, pau-ferro, pau-d´água - preparava placas planas para produzir portas. Pedro Paulo pôde perceber pendurada pela parede pintura perfeitamente preservada: Protógenes, Philomena, pai Procópio pequenininho, posando para posteridade.

Pai Procópio, passando pelo portão, pára para perguntar: Pronto para partirmos, Pedro? Precisamos procurar primo Péricles! Partiram prontamente, pois pretendia pôr Pedro Paulo para praticar profissão previsível, praticamente perfeita: pedreiro!

Passando pela primeira ponte pênsil precisaram parar para pescar para poderem prosseguir peregrinando pelo percurso previsto. Primeiro pegaram poucos peixes, pequenos. Porém, passando pouco prazo, pegaram pacus, piabas, piaparas, pirarucus. Pedro Paulo parecia pescador profissional! Pai Procópio, primoroso pizzaiolo, preparava pizzas portuguesas. Pessoas privilegiadas! Provaram pequenas pizzas preparadas por pai Procópio. Petiscaram pizza, pão, peixe, paçoca pilada, pamonha, palmito. Parecia perfeito. Pós-prandial, Pedro Paulo, por pura pândega, perfez pantomima para pai Procópio.

Partiram. Panças preenchidas, plenos, passos preguiçosos, pernas pesadas. Prosseguiam peripatéticos pela picada próxima, pois pretendiam pernoitar pertinho, para procurar primo Péricles primeiro por portos portugueses, precisamente por Portimão - povoado próspero, planejado. Portimão possuía paisagens pitorescas. Péricles Pereira Paixão, primo próximo, pedreiro por profissão, padeiro por paixão, porém pedreiro proeficiente, pródigo, prestigiado pela população provinciana. Prefeito provinciano provisório pelo partido popular portimoense, preposto, progressista. Possuía pretensões políticas para permanecer prefeito. Promovia permanentemente programas políticos pró-proletariado, programas para profissionalização, para promover progresso, para prevenir pobreza.

Pelo percurso, pararam para provar pastéis preparados por Pietro Papapoulas, pasteleiro piemontês. Pietro possuía patativa pardacenta piadeira presa por pequena precinta preparada por palha - pássaro paduano precioso, prestigiado pelo povoado. Pequenos pássaros pousavam por perto: pintassilgos, pintarroxos, pardais, pica-paus, pombinhas. Provaram pastéis: provolone, parmesão, palmito, presunto parma. Pecado perder! Prosseguindo, palmilhando pedrilhos, pisando pedras pontiagudas pé-por-pé, pai Procópio procurou Péricles, pedreiro profissional perfeito preanunciado.

Prenunciava-se período problemático para primo Péricles.
Poucas palavras proferiram porque pendengas pecuniárias permaneciam pendentes, problemas por particularidades pouco postuláveis possuía Péricles por Procópio. Polêmicas, preconceitos prévios pospostos, porém, pactuaram por pagar, próprio Pedro Paulo pequena parcela para primo Péricles prontamente profissionalizá-lo.

Primeiramente Pedro Paulo pegava, partia, posicionava, perfiladas, pedras parcialmente polidas. Pela periferia pedras pardas polifacetadas. Pelas pontas pequenos prismas, pedrilhos polidos, perfis perpendiculares. Por preciosismo, programava posicionamentos perfeitos, preenchendo profundidade, projetando pregas, preestabelecendo prensagens para prevenir prejuízos. Por precisão e prazer praticava pequenas pinturas, pastéis para por pelas paredes, precisando por pregos para prendê-las. Para poder pagar pela preceptoria, porém, precocemente, Péricles pediu-lhe para pintar prédios. Pretendente por profissionalizar-se pedreiro pintando prédios?! Parecia perseguição! Prevaleceu pedido para pintar primeiramente paredes, portais, portas. Posteriormente prédios. Primo Péricles precisava preparar prédios públicos para posterior perícia policial, pintando-os primorosamente. Para isso, pagava pintores práticos, provendo pinturas perfeitas. Pedro Paulo pagaria pintando. Particularmente, Pedro Paulo preferia pintar prédios.

Pedro Paulo projetou, produziu protótipo, patenteou pernas-de-pau para pintar paredes. Prosperava por planos promissores. Porém, profetizou-se pior pesadelo possível! Por pouca precaução, pobre planejamento, precocemente pereceu Pedro Paulo pintando prédios para primo Péricles. Por peripécias praticadas plantando-se precariamente pelas pernas-de-pau-protótipo, provisoriamente produzidas pelo próprio Pedro Paulo, posicionando-se paralelamente pelos parapeitos - posição particularmente perigosa - predestinou-se precipitando-se pelas paredes pintadas.

Pedro pedreiro penseiro... parecia paródia popular.
Pobre Pedro Paulo - pereceu pintando! Partia precocemente para paz perpétua.

Prosseguindo período polvoroso para primo Péricles, principia processo Plínio Penteado, prolixo promotor. Plínio Plácido Padilha Penteado, para permanecer preciso. Plínio panzuá para parentes próximos, pela pança proeminente, particularmente prodigiosa. Promotor Penteado para populares, para povão. Plácido pela paciência, pela pachorra. Personalidade patética, pantanas. Porém, poseur, princês. Promotor Plínio Penteado passava-se por pessoa prodigiosa, poderosa. Percebendo pai Procópio pálido por perder Pedro Paulo precipitadamente, precocemente (pendera pelo paredão), pegou-o pelo pulso para, prontamente, propor processar primo Péricles. Plínio Penteado pensava principalmente penalizar primo Péricles por promover pinturas para Pedro Paulo. Para pintar paredes para Péricles, Pedro Paulo praticou perigosíssimas peripécias pelas paredes. Por procuração, pai Procópio permitiu principiar-se processo. Pachola, Pai Procópio! Permitiu processo por procuração!

Primo Péricles, pedreiro, prefeito preposto portimoense, profundamente pasmo, partiu para prisão.
Pobre primo Péricles partira para prisão possesso! Pedreiro por profissão, professor por paixão, Péricles Padilha Pascoal, prestigiado por Portimão, paciente, perfeccionista, produzia prédios, palacetes, pórticos. Pensava porque pai Procópio principiaria processo. Ponderou provável pressão pelo promotor para penalizá-lo. Pior! Pressionara pai Procópio para produzir procuração.

Primo Péricles precisava procurar profissional para protegê-lo: Paranahiba Paixão, prestigiado penalista. Paranahiba Pascoal Paixão. Paixão, para próximos. Pelas prerrogativas, perfeito para pegar processo. Paranahiba, pragmático, primeiramente principiou perquirição. Perguntou para Péricles porque Pedro Paulo pintava paredes pendurado pelas pernas-de-pau por parapeitos. Primo Péricles, pesaroso, prestou primoroso pronunciamento. Pedro Paulo pintava pendurado por preferência particular, própria. Pedia para pintar pendurado. Paranahiba, penalista prestimoso, prosseguindo processo pegou prontuário, percebendo politraumatismo pelas pernas, peito, pescoço, porém, padrão pulmonar patológico (pneumocistose). Padecera Pedro Paulo prejudicado principalmente por pancitopenia progressiva provocada por patologia preexistente. Paranahiba persuadiu promotor Penteado para pendurar processo, provando-lhe, pelo prontuário, piora provocada pela presente patologia pregressa. Primo Péricles poderia processá-lo por perseguição.

Primo Péricles permaneceu por período pequeno preso, portanto. Pequena passagem pela prisão, puxou pouca pena - palavreado prisional. Pacífico, polido, probo, passou pela prisão pintando pessoalmente paredes, prédios, pátinas, plantado pelas pernas-de-pau produzidas por Pedro Paulo. Pintava pequenos polegares para prestigiá-lo postumamente. Primo Péricles passou pelo período prisional pensando poder perdoar pai Procópio pela perturbação. Pensava pacificar pendengas prévias, problemas presentes, propor promissória para pagamento previdenciário proporcional pelas perdas pecuniárias passadas. Parar protelações, protencionismos, pleitos. Proporia paz! Pai Procópio percebeu predisposição pacífica, possibilidade para perdoarem-se, potencial para prosseguirem partilhando projetos, possivelmente prospectar petróleo pelo Pacífico! Prometeram-se perdão, protagonizando prosa prolongada, purificadora.

Permita-me, pois,
posfácio póstumo, primeiramente pedir perdão, parabenizando pela paciência, pois podem parecer perplexos pela pertinácia, pelas pérolas, pela pescaria, pelo pê-a-pê, pelos personagens, pelo palavreado popular, pois pretendo parar.
Para pensar...

Para parar preciso pensar.
Pensei. Portanto, pronto pararei.

Um comentário:

Anônimo disse...

Nossa superou o meu mil vezes...amei, beijos